O suspeito de ter matado dois amigos em um apartamento da Rua Oscar Freire, na região dos Jardins, em São Paulo, na semana passada, assumiu ter matado uma das vítimas. “Eu matei o Eugênio, o outro não”, disse Lucas Rosseti, de 21 anos, aos jornalistas assim que desceu do carro da polícia, na porta da delegacia de Sertãozinho, região de Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Ele foi preso na manhã desta segunda-feira (29), na casa de uma amiga no bairro Vila Aurea Gimenes.
Segundo a Polícia Civil, o suspeito não disse mais nada, não respondeu a nenhuma pergunta oficialmente, dizendo que só falará em juízo. A amiga que o escondeu responderá pelo crime de favorecimento pessoal.
O analista de sistemas Eugênio Bozola, de 52 anos, e o modelo Murilo Rezende, de 21, foram encontrados pela empregada da casa na manhã de terça-feira (23). Segundo a polícia, eles tinham ferimentos a faca e foram dopados antes de morrer. Em entrevista no dia 25, o delegado Mauro Dias, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHHP), que investiga o caso, informou que o assassino era hóspede de Bozola e Rezende, que eram amigos e moravam juntos havia quatro meses.
O rapaz passou por exames de corpo delito no Instituto Médico-Legal (IML) de Ribeirão Preto e voltou para a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Sertãozinho, onde aguardará uma decisão da Justiça para ser transferido para São Paulo. Ele deve responder pelo crime de latrocínio – roubo seguido de morte. O Honda Civic prata Bozola, usado na fuga do suspeito, foi encontrado na madrugada de domingo (28), em Sertãozinho.
O caso
Na terça pela manhã, a empregada de Bozola encontrou as vítimas dentro do apartamento dele, na Rua Oscar Freire, nos Jardins. De acordo com a investigação, o analista e o modelo foram achados com perfurações. Duas facas foram apreendidas pela perícia da Polícia Técnico-Científica para análise.
O assassino pode ter dopado as vítimas com remédio para dormir. A atual namorada de Rezende e sua ex haviam dito que ele afirmou pela internet e por telefone estar meio "grogue" horas antes do crime. Para tentar despistar a investigação, o agressor usou sangue para escrever nas paredes do imóvel as iniciais de uma facção criminosa que age no Rio de Janeiro, segundo a polícia.
De acordo com as investigações, as vítimas e o assassino tinham ido a uma pizzaria e a uma boate gay no fim de semana antes do crime em São Paulo. Câmeras de segurança gravaram os três, que estavam acompanhados de outras pessoas.
Fonte: Globo
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