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Assassinato de advogado completa um ano sem solução


Morte de Anderson Miguel tem várias linhas de investigação
Um mistério. Passado um ano da morte do advogado carioca Anderson Miguel da Silva, a polícia ainda não tem indícios dos autores do crimes, assim como dos mandantes - já que se imagina que a execução tenha sido encomendada. No final da tarde de 1º de junho de 2011, o escritório de advocacia localizado na avenida Miguel Castro, no bairro de Lagoa Nova, foi invadido e o advogado, assassinado a tiros. O suspeito fugiu em um carro e não foi identificado ou localizado. A Polícia Federal e a Polícia Civil conduzem investigações e ambas classificam o caso como "complexo". Envolvido com política, agiotagem e em denúncias de corrupção, como as realizadas durante a Operação Hígia, os inquéritos que apuram as circunstâncias da morte de Anderson Miguel ainda segue diversas linhas de investigação.
Morte de Anderson Miguel tem várias linhas de investigação
O inquérito conduzido pela Polícia Civil foi encerrado e remetido à Justiça com pedido de novos prazos. Hoje, o documento está sob responsabilidade do Ministério Público Estadual. O promotor Wendell Bethoven Ribeiro Agra esclareceu qual a tramitação que se seguirá. "Estou examinando toda a investigação que foi feita. Pretendo devolver para que a Polícia Civil realize novas diligências", informou. Para ele, a investigação avançou bastante, mas ainda não se chegou a autoria do crime.
Antes de solicitar novas diligências, o promotor de Justiça aguarda o recebimento das informações relativas ao andamento das investigações no âmbito da Polícia Federal. "Estou aguardando as informações. Pode ser que as diligências que pedirei já tenham sido realizadas pela PF e aí não há mais a necessidade", esclareceu. Ele disse que não é costumeiro que a PF investigue homicídios, e possa ser que tenha sido alcançadas novas informações.
Ainda não há prazo para que o MP devolva o inquérito à Polícia Civil, cujo responsável pela investigação é o delegado Marcos Vinícius Santos. Há a possibilidade de que novas pessoas sejam ouvidas para prestar esclarecimentos. Os investigadores também aguardam o recebimento de alguns resultados de laudos e perícias solicitados. 
O conteúdo específico do que está sendo apurado não foi divulgado em virtude do segredo de justiça decretado ao inquérito. O promotor Bethoven reforçou a complexidade que cerca o caso. "O crime é de difícil elucidação, uma vez que a vítima apresentava diversos envolvimentos, como na política, com agiotagem e também relativo à Operação Hígia", destacou.
O MP ainda estabelecerá novo prazo para a conclusão da investigação, após a solicitação de diligências. Mesmo não estando com o inquérito em mãos, o delegado Marcos Vinícius Santos afirmou que não parou de trabalhar. "A equipe envolvida não parou, estamos trabalhando", afirmou Santos. Passado um ano do crime, o delegado vê a situação cada vez mais difícil. "Quando mais tempo passa, pior fica para investigar. Mas estamos correndo atrás e sempre em sintonia com o que a Polícia Federal também está realizando".
O promotor Bethoven compartilha dessa visão de Santos. "Falando genericamente, as investigações costumam ficar mais difíceis de se resolver quanto mais tempo passa. Esse caso apresenta as suas peculiaridades, mas vejo a PF e a Polícia Civil muito ativas buscando a solução".

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