O programa estreou muito bem e conquistou média de 11 pontos de audiência com picos de 14, o que o deixou empatado com o Domingo Espetacular, da Record. E ainda mordeu os calcanhares do Fantástico, que teve média de 18 pontos. Não é pouco. Na verdade, a chegada do Pânico multiplicou por quase cinco a audiência de domingo
As razões são as mesmas que levaram Emílio Surita & cia. a se tornarem o maior ibope da Rede TV!. Desde setembro de 2003, o humor juvenil do programa atrai legiões de adolescentes - e muitos marmanjos - cansados da programação "família" do Fantástico, dinossauro que completa três décadas de vida ano que vem.
Curiosamente o Pânico veio de um dos mais tradicionais celeiros de talentos da tevê brasileira: o rádio. Surita montou com a direção da rádio Jovem Pan o programa, cujo nome era inspirado no trânsito confuso da capital paulista, de onde ainda é transmitido e mantém ótima audiência. Na tevê, transplantou o humor disléxico e incorporou novos elementos, como as imitações de Wellington Muniz, o Ceará, e de Márvio Lúcio, o Carioca, além das brincadeiras dolorosas com Marcelo Chiesa, o Bola, inspiradas no seriado norte-americano Jackass.
Visualmente o programa continua radiofônico. Não há cenários mais elaborados, não há uma captação de externas mais cuidadosa e tampouco um controle de luz afinado. Nunca foi a intenção. Enquanto a televisão em geral seguiu o caminho da imagem de alta definição, com uma direção de arte muito elaborada e pasteurizada, o programa continua a ter um visual de pastelaria. Com a cobertura de grandes "raves" internacionais e a presença de novas e despidas panicats, o Pânico na Band chega mais tosco, curto e grosso. Pode ser uma combinação de sucesso.
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